DESEQUILÍBRIO DE PODER E CONCILIAÇÃO - Bruno Takahashi
- Título: DESEQUILÍBRIO DE PODER E CONCILIAÇÃO: o papel do conciliador em conflitos previdenciários.
- Autor: Bruno Takahashi
- Coleção: MASC – Meios alternativos de solução de conflitos
- Edição: 1
- Ano da edição: 2016
- ISBN: 9788567426433
- Páginas: 280
- Formato: 16x23 cm
- Capa em brochura
SINOPSE:
Apesar de gerar milhares de acordos a cada ano, ainda hoje a conciliação em conflitos previdenciários é vista com desconfiança. Afinal, na maioria das vezes, o que se vê são propostas para que o indivíduo renuncie à parte dos valores do benefício previdenciário que pretende. Esse é o procedimento mais comum em uma ação na qual a derrota do Instituto Nacional do Segurado Social (INSS) é praticamente certa. Em um contexto marcado pela morosidade processual, não é raro que a aceitação decorra mais da falta de alternativa em se aguardar a decisão judicial do que de um sentimento de que o acordo é justo.
O livro parte deste conflito entre um litigante ocasional (segurado/dependente), de um lado, e um litigante habitual (INSS), de outro, para lidar com problemática mais ampla do uso da conciliação em situações de notório desequilíbrio de poder.
Em vez de negar a prática, procura-se discutir qual o papel do conciliador de modo a legitimá-lo e permitir o avanço para uma mudança de paradigma da própria conciliação. Para tanto, propõe-se que o conceito de terceiro facilitador seja entendido em termos amplos, abrangendo não apenas o conciliador leigo, mas também o juiz conciliador e o Judiciário como conciliador interinstitucional. Além disso, sustenta-se a necessidade de uma atuação conjunta e coordenada das diversas espécies de conciliador. Tal ação combinada ensejará o uso de estratégias variadas, garantindo, assim, que as partes tomem uma decisão informada.
Por isso, a obra é útil não apenas para aqueles cujo interesse seja o de estudar o conflito previdenciário, mas também para quem pretende refletir sobre o uso da conciliação em casos de desequilíbrio de poder. Mostra-se ainda especialmente válida em um momento em que a defesa da conciliação nem sempre é acompanhada da necessária reflexão crítica acerca da qualidade do mecanismo.
SUMÁRIO:
INTRODUÇÃO
1. PREMISSAS CONCEITUAIS
1.1 Breve histórico normativo
1.2 A conciliação como veneno-remédio
1.3 O conflito previdenciário sob a ótica da instrumentalidade metodológica
1.4 A conciliação entre os meios adequados de solução de controvérsias
1.5 A conciliação judicial de conflitos previdenciários
1.6 Síntese
2. OS LIMITES NA CONCILIAÇÃO DE CONFLITOS
PREVIDENCIÁRIOS
2.1 O mito da indisponibilidade do interesse público revisitado
2.2 A disponibilidade condicionada e a vinculação ao interesse público
2.3 Para além da transação de direito indubitável
2.4 O espaço a ser explorado
2.5 A legalidade construída
2.6 Síntese
3. O TERCEIRO FACILITADOR: PANORAMA GERAL
3.1 O terceiro facilitador em sentido amplo e suas espécies
3.2 Poder e o desequilíbrio de poder
3.3 Base adequada de poder e devido processo legal mínimo
3.4 Entre a imparcialidade e o cuidado
3.5 A decisão informada como limite da proximidade
3.6 Parâmetros gerais de atuação do conciliador de conflitos previdenciários
3.7 Síntese
4. O CONCILIADOR LEIGO
4.1 Antes da sessão de conciliação: a capacitação prévia, a preparação do ambiente e a análise prévia do conflito
4.2 Durante a sessão de conciliação: a possibilidade de apresentar sugestões
4.3 Após a sessão de conciliação: as vedações de atuação em casos futuros
4.4 Síntese
5. O JUIZ CONCILIADOR
5.1 Antes da sessão de conciliação: gerenciamento de casos e desenhos de procedimentos conciliatórios
5.2 Durante a sessão de conciliação: o juiz na tentativa de conciliação
5.3 Após a sessão de conciliação: a homologação dos acordos e a avaliação do desenho procedimental
5.3.1 Homologação de acordos
5.4 Síntese
6. O JUDICIÁRIO COMO CONCILIADOR INTERINSTITUCIONAL
6.1 Antes da sessão de conciliação: o diálogo interinstitucional prévio
6.2 Durante a sessão de conciliação: o monitoramento dos programas
6.3 Após a sessão de conciliação: a consolidação e a avaliação dos resultados
6.4 Síntese
Anexo I
A CONDUTA DO CONCILIADOR FASE A FASE
A. Abertura
B. Investigação do conflito: testando a análise prévia
C. Desenvolvimento: inventar, escolher e avaliar opções
D. Redação do termo e encerramento
Anexo II
ALGUMAS TÉCNICAS
A. Escuta ativa
B. Questionamentos
C. Teste de realidade
D. Inversão de papéis
E. Reuniões individuais (caucus)