SUICÍDIO MERITÓRIO: do amor pela morte à morte por amor - Diógenes Coimbra
RESUMO:
A obra possui três objetivos que se interpenetram, os quais foram divididos em três partes. O objetivo principal será o de mostrar que a conduta da morte voluntária não implica, necessariamente, uma imoralidade. Para se chegar a essa conclusão, elaborou-se, na primeira parte desta obra, uma crítica dos principais sistemas éticos que se debruçaram sobre o tema do suicídio no decorrer da história da filosofia ocidental. A partir do estudo diacrônico do suicídio, chega-se às reflexões críticas tecidas pelo filósofo Julio Cabrera. No contexto da ética negativa, criada por Julio Cabrera, parte-se de uma crítica radical a todos os sistemas éticos que lhe antecederam, a fim de mostrar que nenhuma ética é capaz de ser colocada plenamente em prática, de acordo com os preceitos por elas mesmas postulados. Toda a segunda parte da dissertação, portanto, será dedicada à análise aprofundada dos elementos que compõe as reflexões da ética negativa (tais como o desvalor da vida humana, a crítica ao modelo moral afirmativo, o problema da inabilitação moral, o antinatalismo etc.), com ênfase no suicídio. Na terceira e última parte, serão apontadas questões problemáticas sobre o suicídio, no contexto das ciências médicas e da ciência jurídica. Em seguida, propõe-se uma nova e abrangente taxonomia suicidógena, baseada em categorias tomadas de empréstimo da criminologia. Por meio de tais categorias, várias condutas que não são comumente catalogadas sob a rubrica do suicídio acabarão por ser incorporadas a ele. Por fim, delineado o amplo espectro de mortes voluntárias, apresentam-se os argumentos favoráveis a um tipo específico de suicídio, cujas características peculiares farão dele uma espécie de morte voluntária que se pode chamar de meritória.
FICHA TÉCNICA:
Autor: Diógenes de Oliverira Coimbra
Edição: 1
Ano da edição: 2021
ISBN: 978-65-87255-04-0
Páginas: 216
Formato: 16x23 cm
Capa em brochura
SUMÁRIO:
Introdução
PARTE I - Abrir e fechar de portas
1. O suicídio na filosofia ocidental
1.1 Antiguidade
1.1.1 Platao
1.1.2 Aristóteles
1.1.3 Período helenístico
1.2 Cristianismo
1.3 Do renascimento ao idealismo
1.4 Kant: o dever absoluto do sujeito moral para consigo mesmo e a imoralidade do suicídio
1.4.1 O dever moral de beneficencia
1.4.2 O dever moral de jamais se matar
1.4.3 Suicídio beneficente: um interdito moral absoluto ou um permissivo meritório?
1.5 Schopenhauer: a inutilidade do suicídio
1.6 Século XX
1.6.1 Émile Durkheim
1.6.2 Martin Heidegger
1.6.3 Paul-Ludwig Landsberg
1.6.4 Albert Camus
PARTE II - Suicídio e ética negativa
1. Notas introdutórias
2. A ética negativa
2.1 O desvalor objetivo da vida versus os valores subjetivos das vidas 81
2.2 A fórmula da articulaçao ética fundamental
2.3 A inabilitaçao moral
3. Suicídio estrutural
3.1 Conceito
3.2 Críticas ao suicídio estrutural
3.2.1 Inabilitaçao moral e o estado de terminalidade
3.2.2 Antinatalismo, suicídio e a aniquilaçao da humanidade
3.2.3 Desvalor da vida e homicídio altruístico
3.2.4 Pessimismo e ética negativa
3.2.5 Suicídio estrutural e sofrimento alheio
3.3 Suicídio: uma escala axiológica
PARTE III - Suicídio: um tortuoso trajeto entre a imoralidade e a elegância
1. Conceitos problemáticos de suicídio
1.1 Suicídio e estatísticas: mostrando números para ocultar conceitos
1.2 O suicida sob as barras dos tribunais
2. Suicídios ocultos, ou: matando-se ‘sem querer’
3. Suicídio meritório
Epílogo
Posfácio
Referências