PARIDADE DE ARMAS NO PROCESSO PENAL - Renato Stanziola Vieira
Título: PARIDADE DE ARMAS NO PROCESSO PENAL
Autor: Renato Stanziola Vieira
Currículo:
Advogado criminalista em São Paulo.
Mestre em Direito Constitucional pela PUC/SP e em Direito Processual Penal pela USP.
Formato: 16 x 23
Número de páginas: 416
Edição: 1ª edição
Peso: 0,590
ISBN: 978-85-67426-17-4
Sinopse
A obra cuida do princípio da paridade de armas e sua incidência no processo penal brasileiro. Para tanto, partiu-se da ligação que se entendeu ter o princípio com a matriz constitucional da igualdade de tratamento no processo.
A partir do recorte constitucional, focou-se na igualdade como norma de direito fundamental para então se chegar ao cerne da questão: a paridade de armas, como emanação da igualdade, e sua incidência no processo penal.
Como próxima etapa, fez-se necessário abordar, sucintamente, algumas das principais características dos sistemas processuais penais tais como hoje conhecidos. Isso, seja para fazer coro ao entendimento de não existir propriamente um sistema único, seja para, por outro lado, situar a paridade de armas mais próxima à evolução do chamado sistema adversarial.
Como próximo passo se cuidou do delineamento do conceito da paridade de armas a partir e entendimentos de direito processual penal comparado, notadamente a partir dos entendimentos de órgãos internacionais que lhe deram mais detida atenção, como por exemplo o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.
Seja, dessa forma, pela doutrina estrangeira de direito processual penal que atualmente dá grande atenção ao tema, seja pelo seu desenvolvimento fora do Brasil, chegou-se ao ponto de testar as hipóteses de aplicação no cenário processual penal brasileiro. E, nesse particular, cuidou-se da incidência, ainda que pontual, da paridade de armas, em diversas particulares do direito processual penal brasileiro atual e, também, do projetado.
Ao final, reconhecida a incidência do princípio e seu caráter de norma principiológica a partir do pano de fundo constitucional, foram formuladas proposições com vistas ao melhor delineamento do direito processual penal brasileiro em obediência a esse princípio.
Sumário
1. Da igualdade: dos contornos
constitucionais à aplicação no processo
penal BRASILEIRO .......................................................................... 1
1.1 A paridade de armas sob o pano de fundo do direito
constitucional ......................................................... 1
1.1.1 Igualdade ligada às ideias de justiça e participação política ..... 5
1.1.2 A igualdade a partir da Declaração da Virgínia, de 1776 .......... 10
1.1.3 O desenvolvimento da igualdade na história
constitucional brasileira, de 1824 a 1969 .......................................... 14
1.1.4 Constituição de 1988: da igualdade formal à igualdade
material .............................................................................................. 18
1.2 Igualdade como direito fundamental: aspectos da incidência
normativa e consequências práticas .................................................. 22
1.2.1 Os princípios e as regras na teoria dos direitos
fundamentais ..................................................................................... 24
1.2.2 Igualdade como princípio: os contornos do suporte
fático amplo ....................................................................................... 30
1.2.3 Igualdade como princípio: hipóteses de restrição da
aplicação da norma e o problema dos limites e do conteúdo
essencial ............................................................................................. 35
1.2.4 Igualdade como princípio: hipóteses de conflitos
normativos ......................................................................................... 38
2. Aplicação do princípio da igualdade ao
processo penal .............................................................................. 41
2.1 Igualdade no Código de Processo Criminal do Império de 1832 .. 41
2.2 Igualdade em Códigos de Processo Criminal da Primeira
República até o projeto Vicente Ráo .................................................. 46
2.3 Igualdade no Código de Processo Penal de 1941 ......................... 56
2.4 Igualdade no Projeto Hélio Tornaghi ............................................ 59
2.5 Igualdade no Projeto José Frederico Marques (PL nº 633/1975)
e no Anteprojeto de 1981, convertido no PL nº 1.655/1983 ..............61
2.6 Igualdade no Código de Processo Penal de 1941 e as alterações
legislativas até a Lei nº 12.403/2011 .................................................. 66
2.7 Igualdade no Projeto de Código de Processo Penal (PL nº
8.045/2010) .........................................................................................72
3. Das partes no processo penal ..................................................... 77
3.1 O processo penal: da relação jurídica à situação jurídica ............. 80
3.2 A parte e o terceiro em processo civil .......................................... 92
3.3 O conceito de parte em processo penal ....................................... 98
3.4 O acusador ................................................................................... 104
3.4.1 O acusador público: Ministério Público e sua atuação
bifronte no processo penal ................................................................ 112
3.4.2 O acusador particular: o ofendido na ação penal de
iniciativa privativa em sentido estrito e na ação penal de
iniciativa privada subsidiária da pública ............................................ 120
3.5 O acusado .................................................................................... 121
3.5.1 Acusado (sentido estrito) e imputado (sentido lato) ................ 122
3.6 Intervenção de terceiro no processo penal: o assistente da
acusação ............................................................................................ 127
4. Sistemas processuais penais: a paridade
de armas e o sistema adversariaL .................................................. 137
4.1 Dois sistemas processuais penais: inquisitivo e acusatório ......... 141
4.2 Sistema adversarial: o paradigma do processo penal de partes .. 145
4.3 O sistema processual penal adversarial: características .............. 149
4.4 Críticas ao sistema adversarial ..................................................... 156
4.5 A contribuição do sistema adversarial à paridade de armas
no processo penal .............................................................................. 160
5. O conceito de paridade de armas no
processo penal .............................................................................. 163
5.1 Retomada dos pontos de partida e metodologia do trabalho ..... 163
5.2 Enfoques gerais a partir dos julgados do TEDH ........................... 173
5.2.1 Julgados do TEDH: momento da incidência do princípio .......... 182
5.2.2 Julgados do TEDH: casos de incidência e catalogação
doutrinária ......................................................................................... 185
5.3 Contribuições conceituais trazidas pelo ICTY e pelo ICTR ........... 190
5.4 Contribuições conceituais do CDHONU .......................................198
5.5 Contribuições conceituais da CIDH ............................................. 202
5.6 Distinção entre paridade de armas e par condicio no
processo penal .................................................................................. 206
5.6.1 A par condicio e sua ligação com a doutrina da relação
processual e com o contraditório ..................................................... 207
5.6.2 A paridade de armas, sua separação da doutrina da
relação processual e sua decorrência da igualdade ......................... 210
5.7 Distinção entre paridade de armas e presunção de inocência ... 217
5.7.1 Favor rei e in dubio pro reo em processo penal:
distinções .......................................................................................... 218
5.7.2 O conceito amplo de presunção de inocência ......................... 221
5.7.3 A distinção entre a paridade de armas e a presunção de
inocência ........................................................................................... 222
5.8 O legal aid e a igualdade substancial .......................................... 224
5.9 A utilidade da teoria dos princípios na conceituação da
paridade de armas ............................................................................ 226
5.10 O conceito de paridade de armas no processo penal ................ 230
5.10.1 A relatividade do conceito ....................................................... 230
5.10.2 Decomposição da síntese conceitual do TEDH ........................ 230
5.10.2.1 A arma como oportunidade .................................................. 231
5.10.2.2 O que é razoável no conceito de paridade
de armas ............................................................................................. 232
5.10.2.3 O que é parte no conceito de paridade
de armas ............................................................................................. 233
5.10.2.4 A apresentação do caso no conceito
de paridade de armas ......................................................................... 234
5.10.2.5 A prova para o conceito de paridade de armas .................... 235
5.10.2.6 A substancial desvantagem .................................................. 235
5.10.2.7 O oponente integrante do conceito ..................................... 235
5.11 Nosso conceito de paridade de armas para o processo penal ... 236
6. Paridade de armas no processo penal
brasileiro ....................................................................................... 237
6.1 Delimitação do objeto do capítulo ............................................... 237
6.2 Paridade de armas na investigação preliminar: conhecimento
ativo e passivo .................................................................................... 239
6.2.1 Conhecimento passivo: atos instrutórios e atos de
investigação ........................................................................................ 244
6.2.1.1 Conhecimento passivo: dois exemplos de
limite ao sigilo interno da investigação preliminar ............................ 248
6.2.2 Conhecimento ativo: a investigação defensiva ......................... 257
6.2.2.1 Conhecimento ativo: a investigação defensiva
no PL nº 8.045/2010 ........................................................................... 261
6.3 Paridade de armas na fase processual: ação penal, até sentença. 267
6.3.1 Paridade de armas em transação penal e aplicação
imediata de pena (art. 283, PL nº 8.045/2010) .................................. 268
6.3.2 Resposta à acusação .................................................................. 273
6.3.2.1 A resposta efetiva: acesso aos autos, contato
entre advogado e acusado, prazo razoável ........................................ 275
6.3.2.2 A questão da abertura de vistas à acusação
após a resposta defensiva .................................................................. 280
6.3.2.2.1 Situações específicas: a abrangência
do artigo 409 do Código de Processo Penal e a
separação entre resposta à acusação e exceções
processuais ......................................................................................... 281
6.3.2.2.2 A indevida réplica no processo
penal: ofensa à paridade de armas ..................................................... 285
6.3.3 Paridade de armas na colheita da prova e sua
exploração em juízo ............................................................................ 287
6.3.3.1 A instrução processual e o tratamento
conferido aos pedidos das partes ....................................................... 289
6.3.3.2 Paridade de armas em pedidos de medidas
cautelares pessoais ............................................................................. 292
6.3.3.3 A distribuição de espaços nas salas de audiência ................... 295
6.4 Paridade de armas em situações recursais e ações
de impugnação .................................................................................... 304
6.4.1 Parecer do Ministério Público .................................................... 306
6.4.1.1 Parecer em recursos decorrentes de ação
penal de iniciativa pública .................................................................... 307
6.4.1.2 Parecer em ações de impugnação ........................................... 314
6.4.1.2.1 Parecer do Ministério Público em
revisão criminal .................................................................................... 315
6.4.1.2.2 Parecer do Ministério Público em
habeas corpus ...................................................................................... 320
6.4.2 Intervenção oral do Ministério Público ...................................... 334
6.4.2.1 Ordem de sustentações orais nos tribunais
em situações recursais ........................................................................ 335
6.4.2.2 Sustentação oral do Ministério Público em
ações autônomas de impugnação ....................................................... 339
6.5 Paridade de armas em execução penal ......................................... 342
6.5.1 Paridade de armas na execução penal: exemplos de
incidência e um ponto crítico .............................................................. 349
Conclusão ....................................................................................... 353
Referências ..................................................................................... 359